Cumprindo com seu papel de fiscalizadora dos recursos públicos, a vereadora Rose Ielo [PDT] utilizou seu espaço durante a última sessão ordinária realizada na Câmara Municipal de Botucatu para encaminhar um requerimento ao Tribunal de Contas do Estado solicitando uma investigação com relação a uma possível irregularidade nos vencimentos do prefeito municipal. O pedido foi aprovado pelos demais legisladores.
O documento destaca que o prefeito, Mário Pardini, é funcionário da SABESP, atualmente licenciado, e que ocupava um dos maiores cargos na Companhia, com o salário ou rendimentos médios de aproximadamente R$ 25 mil por mês, conforme informações publicadas no mês de dezembro de 2016. Ao licenciar-se das suas funções para assumir o cargo de prefeito, optou pelo mandato e, consequentemente, pelo o salário de aproximadamente 15 mil reais bruto.
Ainda segundo o requerimento, mesmo licenciado, o prefeito possivelmente vem recebendo pagamentos da Companhia, como por exemplo “Pagamentos Eventuais”, no valor de R$ 5.824,06 por mês. Este valor foi publicado no Portal da Transparência da SABESP no mês de maio deste ano. Além disso, os dados do Portal informam que o mesmo também teria recebido os ditos pagamentos também no ano de 2017, quando assumiu o mandato, e em 2018. O agravante é que a SABESP é prestadora de serviços públicos cuja receita é oriunda de dinheiro público pago pela população nas tarifas de água e esgoto.
Baseada nas informações e em casos semelhantes em que o Tribunal manifestou pela irregularidade do fato, Rose Ielo encaminhou ao Conselheiro-Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e ao Diretor Técnico de Divisão do Tribunal de Contas da Unidade Regional de Bauru um documento solicitando as devidas investigações sobre a possível irregularidade nos pagamentos eventuais e outros possíveis que o prefeito, Mario Pardini esteja recebendo de duas fontes de recursos financeiros oriundas de dinheiro público, conforme dados contidos no Portal da Transparência da SABESP. O requerimento também pede para que o Diretor-Presidente da SABESP e o Superintendente Regional esclareçam, especificando quais foram os pagamentos realizados no segundo semestre de 2016, no ano inteiro de 2017 e de 2018, além dos que foram pagos até o momento do ano de 2019.